Crônica - A Poesia - Manoel Messias Pereira


A Poesia
A poesia parece que fugiu das páginas cotidianas da imprensa nacional, ou até internacional. E isto é o que parece. Não sei se ela chegou até aos céus, mas creio na verdade que ela é quem deu  brilho ao sol, liberdade aos pássaros, que procuram bailar no ar, entre os silêncios e a harmonias musicais dos ventos que eternizam no espaço.

É preciso entender que a poesia só ganha força, na ilustração das palavras traçadas, esmerilhadas pelos arquitetos das rimas,aquele que vulgarmente chamamos de poeta. e que merece serem lembrados em todas as cidades, em todos os países o ano todo. Por isto temos dias específicos, em que lembramos eles, como o dia nacional da poesia em 14 de março, o dia mundial da poesia em 21 de março, o dia do poeta 20 de outubro, o dia do escritor 25 de julho. Porém somente essas datas não bastam, eles fazem cada ser humano refletir e referendar em reverência todos os eventos ocorridos e contidos na natureza desde as lágrimas que bailam pelas faces de quem sentem algo, até o nascimento de um flor, ou um cortejo de dor, uma marcha por amor, a um país, a um mito. A poesia é a presença humana dos sentimentos vividos.

Mas todos os dias passam quietos, tão discretos, que jamais um órgão público vai esboçar lembrar da beleza da arte de versejar, de fazer trovas, das grinaldas dos ramalhetes, dos versos martelados, dos versos metrificados, dos valores semióticos, dos versos livres, da prosa que vira poesia e do poema sem poesia como o doce sem açúcar.

A ideia do doce sem açúcar eu na verdade percebi numa peça teatral, assistida ainda na minha juventude, em que alguém que ja estava acostumado com a solidão consegue achar, alguém que soube olhar com carinho, e neste sentido olhar é sentir a ilusão do amor, da paixão por ele. E acreditaram que poderiam ser felizes. Sendo que ela prepara o café mas vê que não tem açúcar, e reclama, que o café está cheiroso, mas não tem o açúcar. Mas para a pessoa amada o açúcar é somente o sentimento de amor, a vida não precisa de sal ou do açúcar é preciso ter o intermédio do sentimento de paixão entre os casais. e neste sentido, não importa o açúcar, adoçamos a vida entre bocas apaixonados entre gostos de línguas amantes, entre delírios, movimentos físicos de prazeres epicuristas e o êxtase do prazer epicurista  em repouso.

É existe uma paixão imensa que trazemos no peito nas expressões poética da própria vida e ver que toda a poesia nasce com a gota d'orvalho da noite, que penetra nas flores que nascem dos jardins, que ganham vida nas calçadas da vida em que diversas pessoas e animais circulam. A poesia está presente nas canções, nos beijos apaixonados, dos namorados, dos amantes, dos carentes. E há os que sabem disto e expõe ao público mas há outros que não conseguem explicitar esses sentimentos, merece sim esta crônica, até fora de hora, fora de moda, mas que deseja dizer obrigados a tantos poetas que a cidade de São José do Rio Preto-SP, já viu, e universalizaram-se seus versos, como Edvaldo Giacomelli, Jayme Signhorini, Nidia Puig V. Tezine, Julio Cezar Garcia, Ricardo Pires de Albuquerque, Celso Fermino, Walter Merlotto, Jair do Bonfim, Antenor Antonio Gonçalves, Marco Breseghello, Dr. Ricardo Carril Ferré, Dr. Flávio Frasseto,  Sidney Olívio, Cleber Falchetti, e outros tantos que brilharam por aqui mas hoje encanta as estrelas e faz brilhar o sol, como Cesar Costa, José Afonso Imbá, Mario Rezende da Mata, Antonio Giovinazzo, Gabriel Cesário Cury, Silvia Purita obviamente lembrando apenas alguns.

Todos os poetas lembrados e que ainda aqueles que estão em nosso subconsciente foram seres que permitiram que as nossas emoções pudessem vir a flor da pele. Pois a poesia continua sim escondida pelas esquinas da cidade e aos poucos abrem-se em noites de saraus num canto outro do município, discretamente podem até a começar a voltar para as páginas dos jornais. O que seria muito apreciados, ou de outras formas ganhar um espaço televisivos com mais contundências. Quem permitem que a poesia floresça, faz da vida um espaço de plena paz na infinitude do viver.


Manoel Messias Pereira

poeta, cronista 
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto -SP. Brasil




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