Fatos Históricos do dia 22 de maio - Celebrações Reflexivas

Em 22 de maio de 1874 - nasce Daniel François Malan o principal político responsável pelo implantar do regime do Apartheid na Africa do Sul. Um racista, um canalha.


Em 22 de maio de 1885 - Nasceu Giacomo Matteotti, o deputado italiano que no Parlamento, denunciou com provas a violência dos fascista, que originou a falsificação dos resultados das eleições de 1924 na Italia, e acabou sendo assassinado pelo Grupo de Combate, que era um comando fascista.
Em 22 de maio de 1885- falece Victor Hugo, escritor francês
Em 22 de maio de 1914 - nasce Sun Ra musico estadunidense de jazz.
Em 22 de maio de 1924 nasce Charles Aznavour, cantor, compositor francês
Brigadeiro General Gerardo Machado y Morales
Em 22 de maio de 1933 - A luta em Cuba, contra a ditadura do General Machado, faz na Ilha uma Guerra Civil. Este é um período que pouco se fala.
Em 22 de maio de 1939 - A Alemanha nazista e a Itália fascista assinam um Tratado de Aliança que ficou conhecido como - Pacto de Aço.


Tribuna Popular
Período disponível: 1945 a 1947
Local: Rio de Janeiro, RJ
Pesquisa no acervo:
  
O diário Tribuna Popular foi fundado no Rio de Janeiro em 1945 por intelectuais e militantes ligados ao Partido Comunista do Brasil (PCB), tendo circulado de 22 de maio de 1945, seis meses antes do fim do Estado Novo (a ditadura de Getúlio Vargas, 1937-1945)), a 28 de dezembro de 1947, quando a atuação do PCB foi novamente proibida, desta vez pelo governo do general Eurico Dutra (1946-1950).
O jornal fazia parte de uma rede de periódicos, denominada imprensa popular, que estava sendo criada pelo PCB, desde a sua volta à legalidade, em diversas capitais estaduais. Faziam parte dessa rede os jornais Hoje, em São Paulo, Folha Capixaba, em Vitória, Folha do Povo, em Recife, Tribuna Gaúcha, em Porto Alegre, O Democrata, em Fortaleza, Voz do Povo, em Maceió, e Jornal do Povo em Belo Horizonte. (RUBIM, Antônio A. Canelas, Marxismo, cultura e intelectuais no Brasil. In MORAES, João Quartin, História do marxismo no Brasil. Campinas: Unicamp, 1988, vol. III. Cit. por FERNANDES, Karina Pinheiro, As dores do povo em texto e ilustrações do jornal Tribuna Popular (1945 – 1947) do PCB. Anais do XV Encontro Regional de História da ANPUH – Rio.
No início, a publicação era dirigida por Pedro Motta Lima, que ao sair foi substituído por Pedro Pomar. Affonso Sergio F. Portes era o gerente e Aydano do Couto Ferraz o chefe de redação. Motta Lima e outros dirigentes comunistas, como Ivan Ribeiro e Maurício Grabois, já haviam divulgado, em 14 de março, o Manifesto das Esquerdas exigindo a democratização do país. Em 18 e abril, Getúlio Vargas assinou a anistia aos presos políticos e, no dia seguinte, Luís Carlos Prestes deixava a prisão. Uma semana depois os comunistas lançariam o jornal.
Grandes nomes da literatura,da arte e do jornalismo brasileiros foram redatores,colunistas ou colaboradores da Tribuna Popular, como Graciliano Ramos, Jorge Amado, Apparício Torelly, o “Barão de Itararé”, João Saldanha, Sérgio Porto, Cândido Portinari e Carlos Scliar, além de militantes políticos, como João Amazonas, que mais tarde se tornaria o secretário-geral do atual PCdoB. Outro conhecido jornalista que
Na mesma época outras publicações eram editadas pelos comunistas, como as revistas Divulgação Marxista e Literatura, além do jornal A Classe Operária, que havia sido fundado em 1925. Nas páginas dessa imprensa comunista escreveram também Caio Prado Júnior, Álvaro Moreira, o físico Mário Schenberg, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Artur Ramos, Lúcia Miguel Pereira, Francisco de Assis Barbosa, Álvaro Lins e muitos outros.
Inteiramente alinhado com o PCB e, em conseqüência, com a linha política imprimida pelo Partido Comunista da União Soviética (PCUS), Tribuna Popular combatia o nazifascismo, exaltando a vitória aliada na recém concluída Segunda Guerra, e, no plano interno, lutou pela democratização do país e pela elaboração de uma Constituição que privilegiasse as questões sociais e as necessidades dos trabalhadores. Também evidenciava o engajamento comunista do jornal o destaque conferido permanentemente ao líder comunista Luís Carlos Prestes, que havia passado na cadeia quase todo o período do Estado Novo e que agora a Tribuna Popular projetava como a grande referência da política nacional.
A capa da primeira edição do jornal publicava a íntegra da mensagem de Prestes aos leitores do jornal, a reprodução de um trecho manuscrito dessa mensagem e, no alto, à esquerda do título, esse mesmo trecho impresso: “O povo terá enfim o seu jornal, a tribuna popular que reclamava e de onde poderá expor suas reivindicações e debater os grandes problemas nacionais que só ele pode de fato resolver.” No documento Prestes assegurava que “Os restos mortais de um regime caduco serão agora facilmente enterrados. E o novo jornal há de ajudar a completar a vitória de nossas gloriosas Forças Expedicionárias com a derrota moral e política, definitiva e total, do integralismo, da 5ª coluna e demais agentes do inimigo em nossa terra.” A última página (p. 8) era toda dedicada, com textos e fotos à organização do “Grande Comício da Unidade Nacional” pela democratização do país.” Numa das fotos, de uma reunião do Comitê Central, aparecem os dirigentes comunistas Roberto Sisson e Carlos Marighella. A manchete da edição seguinte, do dia do comício, não fazia por menos: “Prestes indicará hoje ao povo a solução dos problemas brasileiros.”
Nas eleições de 1946, quando o PCB elegeu a maior bancada do Distrito Federal, Tribuna Popular apoiou o candidato comunista Yedo Fiuza, ao tempo em que atacava os integralistas, “os amigos de Hitler no Brasil”, que apoiavam a candidatura do general Eurico Dutra, lançada pelo presidente deposto Getúlio Vargas.
“(...) Para garantir a posse de seu candidato, vitorioso nas urnas, o povo precisa organizar-se em amplos comitês pró-Yeddo Fiuza. Em todos os locais de trabalho, bairros, vilas, aldeias e cidades do Brasil, esse comitês darão ao povo uma consciência maior da sua força e serão os melhores instrumentos para esclarecê-lo das tarefas atuais. (...) Yeddo Fiuza está vitorioso. O povo que se prepare para garantir a sua posse. E que ouça o apelo caloroso de Prestes, organizando-se, defendendo a ordem, desmascarando os planos forjados pelos amigos de Hitler no Brasil.” (TP. Ano I, n.º 163, 30 nov. 1945)
Ao ser promulgada a nova Constituição, em 1946, o jornal celebrou o acontecimento:
“Promulgada ontem a Constituição – Está desde ontem à tarde promulgada a Constituição. Retornou assim o país ao regime legal. (...) Estamos, enfim, livres da Constituição fascista de 1937, da infame Polaca. (...) Tornou-se claro o repulso nacional ao monstrengo outorgado.”
(TP. Ano II, n.º 397, 19 set. 1946).
Dois dias depois de deixar a prisão, Prestes havia participado, na embaixada dos Estados Unidos, de uma grande homenagem póstuma ao presidente Franklin Roosevelt, que havia falecido no dia 12 de abril. E no dia 23 reuniu-se com Eduardo Gomes, Juarez Távora e outros antigos companheiros do Tenentismo, em busca de uma grande frente política pela democratização do país. Com o início da Guerra Fria e a cassação do registro do PCB e dos mandatos dos parlamentares comunistas pelo governo de Eurico Dutra em 1947 – a qual os comunistas atribuíam ao governo norte-americano, por meio do Plano Truman – o partido, e também o jornal, passou a direcionar a sua luta contra o “imperialismo norte-americano”.
Assim, no dia 10 de maio de 1947, três dias depois da nova cassação, pelo Tribunal Superior Eleitoral, do PCB, o jornal destacava na primeira folha: “Enquadram-se no ‘Plano Truman’ as medidas contra o PCB – Conjuga o imperialismo ianque as fôrcas mais reacionárias com o objetivo de aniquilar a democracia na América Latina, o ‘quintal’ dos magnatas de Wall Street”.
Nas eleições, o imperialismo era visto também como o principal inimigo da nação brasileira:
“Votar contra a intervenção imperialista, porque esta é a grande ameaça que pesa sobre nós, a dominação econômica, política e militar que os lobos de Wall Street querem exercer em definitivo sobre nosso País, escravizando-o aos interesses do capital monopolista ianque. (...) não é uma posição de anti-americanismo, como querem nos fazer crer os Berle, Braden e Pawley e sim uma posição anti-imperialista.” [Adolf Berle havia sido embaixador dos Estados Unidos no Brasil, de 1945 a 1946; Spruille Braden, diplomata em vários países da América Latina, inclusive na Argentina, opôs-se ao primeiro governo de Juan Perón, e William Pauley, era embaixador dos Estados Unidos no Brasil, 1946-48] (Tribuna Popular, nº 490)
A 21 de outubro, o jornal foi empastelado. Redação, arquivo e gráfica foram destruídos, e vários funcionários foram agredidos pelos invasores. O Correio da Manhã lançou nota de protesto e acusou a polícia de conivência. No dia 27 de outubro, o Senado aprovava a cassação dos mandatos dos parlamentares eleitos pelo PCB, enquanto o governo de Eurico Dutra rompia relações diplomáticas com a União Soviética.
No dia 4 janeiro de 1948, Tribuna Popular foi novamente invadido, desta vez assumidamente pela polícia do estado de São Paulo. No dia anterior, o jornal Hoje, em São Paulo, também fora invadido e no dia 5 foi a vez dos outros jornais que formavam a “imprensa popular”: O Momento, em Salvador (BA), Folha do Povo, em Natal (RN) e Jornal do Povo, em Maceió (AL). Nos dias seguintes foram cassados os mandatos dos parlamentares eleitos pelo PCB e alguns deles, como Gregório Bezerra, foram presos.
Nas áreas de economia e política, o jornal tinha, entre outras, as seguintes seções e colunas: “Noticias do Partido Comunista do Brasil”, “Economia”, “Tribuna Sindical”, “Através do Mundo”. No âmbito cultural, o jornal, segundo os que o estudaram, teria sido o principal canal de divulgação no Brasil do realismo socialista – forma artística criada e oficializada na União Soviética, em que se privilegia uma “arte didática” e ideológica destinada a mostrar, sobretudo para os trabalhadores, a realidade de sua vida e trabalho.
Mas o jornal valorizava também a cultura popular espontânea, sobre a qual mantinhas as colunas “O samba na cidade” e “O povo se diverte”: “Autentico poeta do povo é o popular “Cartola”. Do naipe de Rubens, Edgar, Gargalhada, Paulo, Heitor e Noel, Cartola não se envaidesse (sic) e continua firme no morro. A sua glória é a Mangueira. (...) Evocamos a vida de Cartola, desde o tempo em que era simplesmente o Sr. Agenor. Tinha 18 anos e já fazia as suas letras. Era o ano de 1928. Mangueira nascia como Capital do Samba. (...)” (TP. Ano II, nº 524, 13 fev. 1947)
O jornal tinha ainda noticiário esportivo, que tratava de futebol, corrida de cavalos e outros esportes. A coluna Placard era assinada por Ricardo Serran, que na década de 1950 se transferiria para O Globo, onde foi secretário de redação durante anos.
Tribuna Popular circulou até 28 de dezembro de 1947, e todos os número estão disponíveis para a consulta nesta hemeroteca digital.
Fontes
1. FERNANDES, Karina Pinheiro. As dores do povo em texto e ilustrações do jornal Tribuna Popular (1945 – 1947) do PCB. Anais do XV Encontro Regional de História da ANPUH – Rio.
2. SEGATTO, José A. et alli. PCB, 1922 – 1982. Memória fotográfica. São Paulo: Brasiliense, 1982.
3. MORAES, Dênis de. O imaginário vigiado. A imprensa comunista e o realismo socialista no Brasil (1947-53). Rio: José Olympio, 1994.
4. RUBIM, Antônio A. Canelas. “Marx, cultura e intelectuais no Brasil”. In MORAES, João Quartin. História do marxismo no Brasil. Campinhas: Unicampm 1988. Vol. III.



Em 22 de maio de 1945 - O Partido Comunista Brasileiro - PCB lançou o diario "Tribuna Popular" com tiragem de até 150 mil exemplares, dirigido por Pedro Mota e Carlos Drumond de Andrade, Jornal que foi fechado pela Repressão em 1947.

Em 22 de maio de 1949 - Realizou-se no Brasil o I Congresso Brasileiro de Mulheres
Naomi Campbell

Em 22 de maio de 1970 - Nasceu em Londres a modelo e atriz inglesa Naomi Campbell
Em 22 de maio de 1979 - Teve inicio a III Conferência Africana sobre o controle bibliográfico.
Yasser Arafat

Em 22 de maio de 1983 - O presidente da OLP Yasser Arafat acusou os regimes árabes de instigarem uma revolta de guerrilheiros disssidentes no Líbano, mas acrescentou que o movimento não abalaria a OLP - Organização pela Libertação da Palestina.
Karoly Grosz
Em 22 de maio de 1988 - Karoly Grosz com 57 anos de idade assumiu o cargo de secretário Geral do Partido Comunista Húngaro, substituindo Jonas Kadar.
OPA
Em 22 de maio de 1992 - A OPA - Organização dos Pioneiros de Angola, transformou-se numa estrutura não governamental e apartidária. Trabalhando com jovens e preparando para o futuro. 
Em 22 de maio de 2009 - falece Ze Rodrix, cantor, compositor e musico brasileiro
Em 22 de maio de 2011 - As eleições municipais da Espanha, ganhou uma série de manifestações populares, organizados pelo movimentos, Movimento 15-M, Indignados, e Spanish revolution, foram protestos espontâneos muitos relacionados com a crise econômica que se abateu sobre a Espanha.
Em 22 de maio de 2017 - O Estado Islâmico assume o atentado suicida num show de Ariana Grande, sendo vítima 22 pessoas que morreram incluindo crianças e cinquenta e nove pessoas ficaram feridas. A polícia conseguiu apurar o envolvimento de Salmar Abedi de 22 anos como o terrorista suicida.

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