Crônica - Malcom X - Manoel Messias Pereira


Malcom X

No dia 19 de maio de 1925 na cidade de Omara no Estado de Nevraska-EUA, na residencia de Louise Little e de Earl Little, nascia Malcon Little   que ficou conhecido mais tarde como Malcom X, fundador da Organização para a Unidade Afro-Americana, que defendia os direitos dos afro-americanos e conseguiu mobilizar negros e branco na conscientização sobre os crimes cometidos contra a população afro-americana. E por fim como Al Hajj Malik Al Shabazz.

O seu pai o senhor Earl Litlle era um dedicado trabalhador da associação Universal para o Progresso Negro, portanto um militante. E por sua ação militante  um dia foi barbaramente espancado e assassinado tendo sido atirado nos trilhos de uma linha de comboio, teve o corpo dividido em dois e morreu agonizando. A sua mãe coube a tarefa de juntar os pedaços, do esposo e depois da família destroçada diante da tragédia assumiu o sustento dos oitos filhos que restaram. Eram tempos difíceis, todos numa paupérrima condição de vida, ela como filha de um estupro de um homem branco sobre uma negra, era uma negra com a pele um pouco mais clara, encontrou o trabalho de empregada doméstica até que as patroas descobriam a sua origem dispensavam-a. E assim vivendo uma grande dificuldade, passou a receber a pensão de viúva e um dinheiro da assistência social. Mesmo assim com o desemprego e o pouco dinheiro ela e os oito filhos passaram a ter uma vida de indigente.

A assistente social passou então a convencê-la a doar seus filhos para os lares adotivos. E para isto a assistente social passou a questionar a sua sanidade mental. Louise acabou sofrendo todo o tipo de opressão que foi realmente ficando abatida até que acabou mesmo sendo internada num manicômio. E nesta época Malcom já havia sido adotado e viu a sua família ser separada.

Depois disto foi morar com sua irmã, em Boston teve uma juventude difícil, foi engraxate, foi ferroviário, teve uma vida boêmia, teve amizades, amores, se envolveu com a prostituição, com jogos de baralhos e o tráfico de drogas, assaltou residencias e foi preso.

Na prisão começou a estudar conhecera Elijah Mohammad, que mostra o caminho do islamismo e o X de seu nome significa "Deus revelaria". fundou o jornal Muhammad Fala. Foi casado com Betty Shabazz em 1958 e com ela teve cinco filhas a Oubilah, Allallah, Ilyasah, Malikah, Gamblah Lumumba, e Mallak. E nos anos 50 e 60 conduziu parte do Moimento negro, defendendo três pontos fundamentais, o islamismo, a violência como auto defesa e o socialismo. Ele foi um líder que percebeu que a questão do negro não era teológico, mas uma questão política, econômica e civil. E era exatamente nisto que precisava apegar-se. Entre as frases que dizia destaco "O futuro pertence àqueles que se preparam hoje, para ele".

O pensamento socialista, vem com a evolução de seu pensamento, após ter sido traído por membros da Mesquita templo numero dois, vai perceber qa questão do negro passava em por a limpo a estrutura do sistema capitalista. E nisto observo que ele dizia a seguinte frase "Sou a favor da verdade, não importa quem conte. sou a favor da justiça não importa para quem ou contra quem". Dai ele funda a Organização da Unidade Afro-Americana, grupo não religioso, não sectário, focados nos problemas das minorias negras. E a opção pela violência como auto defesa, ou seja ir no confronto e a ideia do socialismo, permitiram surgir nos anos 60 os Panteras Negras.

E no socialismo marxista quando tratamos da luta de classe lembramos que  os marxistas inspirados no Manifesto diz que o proletário precisa ser o coveiro da burguesia, portanto vai no confronto aos interesses da burguesia que deseja apenas e tão somente o lucro emantem uma insensibilidade para a realidade social no sistema capitalista. Como Frankstein de Mary Shelley que se revolta contra o seu criador.

Malcom X, chegou a ter uma popularidade maior do que Martin Luther King ou do presidente John Kennedy. Passou a ser chamado em programas de Tvs e a debater os problemas sofridos pela comunidade negra. E isto vai fazendo com que a mídia e até os muçulmanos crie uma rede e coloque como traidor.Havia manchetes como Malcom Silenciado. Já os muçulmanos negros queria tê-lo como traidor o que permitiria colocá-lo no ostracismo.  E tudo isto devido com certeza a o ciúmes em razão de seu crescimento.

O projeto muçulmano de Malcom X, não se tornou realidade mas foi elogiado até por seus maiores críticos. Em março de 1964, Malcon vai para Meca, como aliás todo o muçulmano precisa fazer e troca o seu nome para Al Hajj Malik Al-Shabazz, volta num tom conciliatório com os brancos,  rompe com o Muslin Mosque, e mais tarde com a Afro American Unity. E em 21 de fevereiro de 1965, enquanto discursava no Harlen, foi assassinado com treze (13), tiros, de princípio surgiram varias hipótese por seu assassinato, a quem diga que foram membros da Ku-klux-Klan. Sua história foi difundida por grupos como Black Power ou Panteras Negras, sua vida está documentadas em obra cinematográfica como Macom X de Spike Lee de 1992.

A vida de todos nós lutadores, trabalhadores, são alicerçadas como na Revolução de 1848. O trabalhador por meio de sua classe levantou as barricadas, derrubou governos e pagou com a vida. Malcom X, no Século XX, deixou algumas frases que cabe agora lembrar, "A mais perigosa criação do mundo em qualquer sociedade é um homem sem nada a perder", ou "Se você puder chegar através da neve, da tempestade e da chuva saberá que poderá chegar quando brilhar o sol e tudo está bem. A lição do sol é que seus pensamentos iluminará os nossos caminhos.


Manoel Messias Pereira

cronista, poeta e professor
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto-SP. Brasil



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