Crônica - Derrelição metafísica do Amor - Manoel Messias Pereira



Derrelição metafísica do Amor




É preciso refletir cotidianamente sobre a vida e a razão de viver de cada um. Vivemos na invenção de uma realidade em que o sonho precisa estar plenamente alimentando o nosso espírito, empreendendo o nosso corpo, no espaço geográfico, estabelecendo o carinho coletivo pela natureza, independente da residência, vila, município, estado, país, continente. O mundo é nossa meta.


E todos os seres humanos, vivos precisam,  ter a ressonância involuntária do pensar estruturadamente no bem ao próximo, na intensão coletiva, plural, de entender que em qualquer mesa é preciso repartir o pão, e brindarmo-nos como se estivéssemos,  nascendo, compactuando, trocando juras, namorando, firmando compromissos, casando. E que a luz de nossos sorrisos, pudessem transmitir a ideia da camaradagem, do respeito, do princípio da unidade espiritual universal, mas não de forma abstrata, mas concretamente fundamentados no materialismo histórico e dialético.



E neste princípio perguntamo-nos, qual a relação entre a consciência humana e a realidade que nos rodeia? E essa intrigante pergunta, constitui um dos fundamentos da concepção do mundo, que expressa um sistema de representações e conceitos do mundo. E é essa derrelição metafísica que temos a certeza de que a filosofia tem futuro. E ninguém vai interpretá-la, sem base concreta como dar-se os acontecimentos, os rebentos sociais.



Todos os objetos e fenômenos da natureza, quaisquer que sejam as suas complexidades e propriedades tem algo em comum, algo que os unem. Todos eles tem a sua existência própria , e são para os homens objetos para quais estão dirigidos os seus pensamentos e suas atividades práticas. E todos os objetos exercem influência nos órgãos do sentido e refletem em nossas sensações. E é evidente que nem todas as coisas se podem tocar. Exemplo as ondas de rádios não são tangíveis, os ouvidos não captam as vibrações ultra-sônicas, os órgãos sensoriais não captam o campo magnético, mas pudemos com a ciência testemunhar a sua existência. E por isto é que Vladimir Ilitch Ulianov o Lênin, escreveu que "a matéria é a realidade objetiva que nos é dada pelas sensações. E no sentido filosófico a única propriedade da matéria é a de ser realidade objetiva e de existir fora de nossa consciência. E aquilo que desaparece não é a matéria mas os limites dentro das quais conhecíamos" Já para Engels, afirma "o ser no espaço significa existir na forma de uma coisa ao lado de outra e ser no tempo significa existir na forma de uma coisa e mais tarde de outra". O espaço e o tempo são formas universais de existência da matéria. A questão é que existimos na ternura do existir, de encontrarmo-nos, na troca de olhares, de respirarmo-nos, apaixonarmo-nos, apaixonarmo-nos, como objeto da matéria em virtude das doces sensações.





Manoel Messias Pereira

professor de História
cronista e poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB



São José do Rio Preto-SP



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