Artigo - Quatro tiros tiram o sorriso de Marielle Franco - Manoel Messias Pereira

Marielle Franco
nascida em 27/07/1979 - assassinada em 14/03/2018

Um dia triste, para o Movimento Negro, Feminista, do Rio de Janeiro e do Brasil, foi assassinada a ativista pelos Direitos Humanos, a vereadora do PSOL, Marielle Franco eleita em 2016 com 46 mil votos, na Coligação PSOL/PCB, na qual concorreu a prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Freixo.

Marielle Franco era formada em Ciências Sociais pela PUC-Rio de Janeiro, com Mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense com foco nas UPPs. Ela coordenou a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, Alerj ao lado de Marcelo Freixo. Deicdiu pela militância pelos direitos humanos após ingressar no pré vestibular comunitário.

O seu assassinato foi de fato uma execução, e provavelmente pelo trabalho de militância que essa jovem senhora de 39 anos tinha na sua lida. Pois no dia 10 de março de 2018, ela teceu criticas a Intervenção Federal no Rio de Janeiro. E fez denúncias em relação aos policiais do 41.Batalhão da Polícia Militar, por abusos de autoridades.

O crime ocorreu na Rua Joaquim Palhares no Estácio, local melodicamente cantado e lembrado, pela voz de Luis Melodia. Juntamente com Marielle Franco estava o seu motorista Anderson Pedro Gomes. Já sua assessora  a Fernanda Chaves, sobreviveu, talvez com alguns estilhaços. O fato ocorrido teve um outro veículo que emparedou com aquele que estava a vereadora e nove disparo de armas de fogo foram dados, sendo que quatro acertou a cabeça da militante, reforçando assim a tese de execução.

O Partido Socialismo e Liberdade - PSOL, lançou uma nota em que pede apuração imediata e rigorosa deste crime considerado hediondo.

Entre as falas de Marielle na possível critica a ação supostamente violenta dos policiais na comunidade do Acari - Rio de janeiro consta a frase "Precisamos Gritar para que todos saibam o que está ocorrendo em Acari, nessa semana dois jovens negros foram assassinados e jogados em valão. E hoje policiais andam pela rua ameaçando moradores. Acontecem desde sempre, mas com a intervenção ficou pior".

Em 28 de fevereiro de 2018, ela tornou relatora da Comissão destinada a acompanhar a controversa Intervenção Federal.

Suas ações na luta libertadora pelos direitos civis da população, na ânsia pelos cumprimentos pelos Direitos Humanos, talvez possibilitou, na ação violenta de bandidos que possam estar na ilicitude de nossa sociedade ou na relação de poderes nas estruturas estatais. O que sabemos e sentimos que enquanto ocorre o velório desta militante, para todo o Movimento Negro e Movimento feminista classista esse é um dia triste. Deixa uma filha de dezenove anos.


Manoel Messias Pereira

articulista
cronista, poeta, 
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto-SP.







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