Crônica - O Sorriso - Manoel Messias Pereira

O Sorriso

Há alguns desejos escondidos entre o trabalho, o estudo e o compartilhar um café no bar exibindo os dentes.

No trabalho o desejo é manter um ambiente em que o respeito e a sensação do cumprimento do dever deva ser algo feito com a naturalidade, do pensar coletivo em equipe, como se todos estivessem tecendo o mesmo bordado, enfeitando a mesma toalha e nela desenhando o sol sorridente com linhas coloridas.

Nos estudos o desejo é com o entendimento do objeto de estudo, com o crescimento cultural e educacional, alicerçado na evolução e desenvolvimento intelectual.

Já no bar, a alegria pelo dia do trabalho, pelos dias e noites de estudos, e nada mais singelo de brindar com uma quente dose de café, e se possível um delicioso pastelzinho. E nisto um bom sorriso de alegria, ah, faz muito bem.

Há pessoas que num certo momento da vida tem de esconder o sorriso e quando isto ocorre , essas pessoas deixa transparecer uma sobra de tristeza no olhar.

Talvez escondam os sorrisos devido a falta de um programa de saúde, em que fica faltando no rosto a estética e a beleza, além de da necessidade de mastigar bem os alimentos. Mas as vezes falta tempo e dinheiro, devido as atrapalhadas orçamentárias nas conduções das finanças cotidianas. E assim a sombra de tristeza pode rondar essas pessoas com uma violência destrutiva, fechando portas de trabalho, pontos de amizades, acabando com namoros. E há quem diga que o sorriso é o espaço aberto para o céu. Já a falta dos dentes, um golpe de picareta no cérebro é simplesmente humilhante demais.



Manoel Messias Pereira
professor, poeta, cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto-SP

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