Crônica - Palestina e longo caminho da Paz - Manoel Messias Pereira









Palestina e o longo caminho da Paz 


Ainda no princípio de 2017 para ser exato em 26 de janeiro via que a construção de novos colonatos e a possível instalação da representação diplomática dos EUA em Jerusalém minava  a perspectiva de pacificação do Médio Oriente. Vejo que o conflito precisa acabar e para isto é preciso o fortalecimento de dois Estado o já existente de israel e a criação, reconhecimento e o fortalecimento do Estado Palestino.

No primeiro momento  ao aprovar, domingo, 22 de janeiro de 2017, a edificação em Jerusalém Leste de mais 566 habitações para colonos, o governo liderado por Benjamin Netanyahu prosseguia a expansão sionista em clara afronta ao direito do povo palestiniano e estabelecia na parte Oriental daquela cidade a capital da almejada nação independente, cujas fronteiras estão limitadas à ocupação territorial de 1967.

Porém a maior gravidade se dá no final de 2017, exatamente no dia 6 de dezembro quando o presidente estadunidense Donald Trump decide reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, anunciando a mudança da embaixada americana de Tel Aviv para aquela localidade conhecida historicamente, como local sagrados para o judaísmo, mas também para o islamismo e o cristianismo.

E a decisão, anterior  afrontava resoluções adaptadas nas Nações Unidas, a última das quais aprovada no passado mês de Dezembro de 2016 (resolução 2334). Na ocasião, o Conselho de Segurança (CS) da ONU aprovou pela primeira vez um texto em que se considera que as colônias judias como um obstáculo à solução de dois estados e à paz sustentável no Médio Oriente, instando, por isso, Israel a interromper a colonização.

Os EUA abstiveram-se de usar o direito de veto, mas logo nos primeiro dias de Janeiro a Câmara dos Representantes em Washington rejeitou a iniciativa diplomática ao aprovar, por 342 votos a favor e 80 contra, uma declaração que condena o documento do CS das Nações Unidas, titulando-o até de «anti-israelita».

Porém agora com uma decisão polêmica provocou mais reações negativas do que positivas, inclusive de próprios americanos, de aliados dos Estados Unidos da América no Oriente Médio, como a Arábia Saudita e o Egito.

A decisão de Trump agradou o Estado sionista de Israel, mas não agradou os líderes árabes e também os palestinos que são árabes diga-se de passagem, que alertaram para as dificuldades do processo de paz

O apoio dos EUA à política criminosa sionista pode, porém, subir mais patamares, caso se venha a concretizar o projeto de transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém. 

Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestiniana que havia saudado a resolução do CS da ONU na qual se condena os colonatos israelitas, advertiu que a mudança da representação diplomática norte-americana destruiria as esperanças de paz ao sufragar a anexação de Jerusalém Leste por Israel. No mesmo sentido pronunciaram-se a Organização de Libertação da Palestina e o Hamas, para quem a legitimação da ocupação seria desastrosa. Posteriormente, também a chancelaria dos Negócios Estrangeiros francesa lamentou a intenção dos EUA.


Recorde-se que em Paris, a 15 de Janeiro de 2017, representantes de mais de 70 países reiteraram o seu compromisso com a solução de dois estados e rejeitaram ações unilaterais em matéria de fronteiras, refugiados e sobre Jerusalém. O documento final não incluiu qualquer proposta de sanção contra Israel por exigência do então secretário de Estado dos EUA, John Kerry. A Grã-Bretanha adaptou uma posição ainda mais enfática ao recusar subscrever a declaração final.

Não obstante, em nome da Palestina, Mahmud Abbas congratulou-se com o resultado da conferência de Paris, mais concretamente pelo sublinhado da necessidade de fazer prevalecer as resoluções da ONU e o Direito Internacional na abordagem do conflito israel- palestina.

Mas a decisão de Donald Trump, em dezembro de 2017 fez a Arábia Saudita classificar essa decisão como uma fragrante provocação aos muçulmanos. E o representante dos palestinos no Reino Unido Manuel Hassassin dizer que esse foi o beijo da morte nas negociações de paz. O Egito também manifestou-se pedindo ao presidente norte americano para que ele não complique a região. E o presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogon informou que o país pode romper os laços com Israel. O rei da Jordânia Abdullah II diz que a decisão estadunidense prejudica o processo de Paz. E o líder do Hamas Ismail Haniya, convocou a comunidade muçulmana a fazer protestos. O papa Francisco disse que o diálogo de paz prosperá com o reconhecimento de todos os povos da região. E o presidente da França  Emmanuel Macron alertou o presidente americano esse reconhecimento de Jerusalém não era uma boa ideia.

O Ministro israelense da Educação Sr. Israel Naftali Bennett pediu que utros países sigam o exemplo de Washington. E segundo o que circulou pela imprensa Israel já estava conversando com dez país.E o que ficamos sabendo é que a Guatemala vai seguir os Estado Unidos da América. A informação é que por traz do anuncio da Guatemala estão a comunidade judaica e os evangélicos que são simpáticos  as causas de Israel. Talvez até pela ideia de Jesus Cristo como um judeu. E geralmente há uma superficialidade nos estudos e aprofundamentos em relação ao processo histórico. Pois no Brasil os evangélicos querem que o Brasil também siga os americanos.

Na assembléia da Organização das Nações Unidas ONU, dos 193 membro reunidos em 21 de dezembro de 2017 em New York exigiram que todos os países sigam as resoluções da ONU para buscar uma solução pacífica. E durante a votação foram 128 votos a favor e nove contra e houve 35 abstenção que levou a assembleia das Nações Unidas a preferir um profundo pesar. Votaram contra a resolução e a favor dos Estados Unidos, os países da Guatemala, Honduras, Ilha Marshall, Micronésia, Nauru, Palau, Togo e o próprio Estados Unidos e Israel.

O Iêmem e a Turquia solicitou a presidência da assembleia Geral das Nações Unidas que de maneira urgente prossiga com a décima sessão especial conforme o procedimento "Uniting for Peace em outras palavras a União para a Paz. E é necessário reiterar um Paz abrangente, justa duradoura no Oriente Médio. E neste meio tempo em que se  busca apelos diplomáticos sabemos que , já tivemos violências com palestino morto e oitenta feridos. E para tanto creio que necessitamos dos dois estados o já aparelhado Israel e o que precisa ser criado, reconhecido, e fortalecido o Estado da Palestina. Caso contrário a perspectiva é que o conflito perdurará, não acabará.


Manoel Messias Pereira

poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
Membro da associação Rio-pretense de Escritora - ARPE
São Jose do Rio Preto-SP.






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