Crônica - O fundamental respeito as mulheres - Manoel Messias Pereira





O fundamental respeito as Mulheres

É preciso pensar o futuro.E preciso entender que o nosso futuro depende de nossas ações humanas, colhidas nas nossas teorias e práticas. Pensar o futuro é pensar nas pessoas nas quais compartilhamos, o mesmo teto, em que compartilhamos as nossas santas refeições, seja o café da manhã, do almoço e do jantar, assim como respeitaras pessoas da  mesma rua, a mesma escola, o mesmo jardins, em que encontramos as mesmas flores em que respeitamos os mesmos pássaros, e olhamos o céu claro com o sol ou temperados de nuvens querendo desabar. E pensar tudo isto é pensar a vida e a estrutura em que desejamos plantar a nossa superestrutura de respeito humano, fazendo valer a palavra humanismo e humanidade. E nisto os seres humanos do sexo masculinos precisam antes de mais nada respeitar as suas mulheres. Pois destruindo-as agredindo-as só estão cometendo crimes, inspirados nas suas bestialidade.

Crer que o ser humano nasça com a consciência da verdadeira vida, que constitui uma vontade do pai, é um princípio patriarcal. Pois quem torna-se mãe, aquela que abriga no seu ventre o filho, fruto do amor, entre dois seres que se entregam na normalidade pelo prazer em movimento no ato e pelo prazer em repouso no êxtase é a mulher. Portanto toda a criança na normalidade é gerada pelo ato de amor, que utiliza-se o sexo para tal. E as crianças que nascem precisam aprender a respeitar pai e mãe, quando estão juntos. quando estão separados por decisões que não cabe aqui renomear, devem também estar sendo criadas de maneira sadia, num ambiente de respeito, de dignidade humana, deve ser tratado com a ternura que se tens com os jardins, na beleza e no cuidado que se pode ao tratar de uma flor.

E fica impossível manter-se a Paz pensada teoricamente, tendo entre os cônjuges ações no lar de  uma máquina de opressão. Mas o que sabemos também é que toda causa como a violência que a mulher sofre parte um pouco da bestialidade que o sistema capitalista impõe. Pois bem o Sistema Capitalista tem a individualidade, e o chamado sucesso empreendedorista como algo naturalizado, e isto leva até certo ponto a desilusão, por parte do ser humano masculino, que chega talvez a pensar que a causa foi seu casamento ou a sua união, e isto leva-o para a bebida, as drogas leves ou pesadas, a noção de perder a razão e dar vazão as bestialidades incorporadas a tempos pelas instituições sociais de cunho preconceituosos. 

É comum nas famílias a ideia de que o homem é cabeça da casa. Imagina todos esses complexos problemas postos em operações, e todas as frustrações de macho e de gestor da família, com um processo de vícios, de desempregos, de jogos. Isto tende a gerar uma possível violência. Daí a necessidade deste homem formalizar uma prática que fuja deste modelo do sistema que é o individualismo.

Na Comunidade afro há registros do casamento: dois mundos unidos. O seja quando reúnem-se duas almas e isto consta no livro de Sobunfo Somé intitulado de "O Espírito da Intimidade", "são duas almas , dois propósitos,dois mundos  e permite que expressem suas dádivas em benefício da humanidade. Duas pessoas que alcançam uma energia maior. Ele unem duas ou mais linhas de ancestrais, duas culturas e muitas formas diferentes de ver o mundo" São duas almas ainda distinta formando uma só identidade. Embarcando em algo maior do eles mesmos e maior do que sua tribo. É chamado comunhão do espirito alinhado. Mas quando casa-se com uma pessoa , passa a conhecer a fraqueza e a força  do outro ou da outra, não se pergunta se casou com aquela pessoa ou com um fantasma dela. Casamento não é algo individualizado e sim é coletivo e toda a comunidade em Dagara discutem as uniões. Há um ritual em que as pessoas precisam reconhecer em espíritos encarnados em corpos sagrados e que a sexualidade é bem mais do que obter prazer e fazer filho. Mais um ato sagrado. Assim como reconhecer o divino em tudo como ter o corpo além da atração física mas um templo.

Portanto é necessário saber lidar inclusive com as cultura diferentes, no Brasil temos um olhar da diversidade, de muitas culturas que se encontra eque precisa ser alicerçada no respeito, no carinho. Mas o que vemos atualmente uma alta taxa de mortes violentas de mulher. Em 2013 foram exatamente 4762 mortes por assassinato de mulheres no Brasil na qual 50,3% foi praticada por familiares e 33,2% foram crimes praticados por parceiros, namorados ou maridos. Essas informações consta no Mapa da violência de 2015, conforme observei na agência Patricia Galvão, nome da jornalista Pagu. Estância última de controle de mulher pelo homem. Com um poder de controle de vida e de morte.

A violência aqui é cometida dos homens sobre as mulheres expressa-se de forma irrestrita de posse igualando a mulher a um objeto. Com subjugação da intimidade e da sexualidade da mulher, por mais da violência sexual, associado a assassinato, como a destruição da intimidade da mulher, pela mutilação ou desfiguração de seu corpo como aviltante da dignidade da mulher, submetendo a tortura um tratamento degradante e cruel.E para amparar essas mulheres temos a lei Maria da Penha, de numero 11340 desde 2006. Lei essa criada a partir da CPMI que investigou a violência contra as mulheres no Estado de março de 2012 a julho de 2013. E foi colocado no Código Penal o feminicídio como crime hediondo conforme a Lei 8072/1990 com pena de reclusão de 12 a 30 anos.

Essa é uma deficiência da existência cultural do mundo contemporâneo e a estrutura familiar vai sofrendo com esse desgaste essa corrosão social, vamos deparar com pessoas que não respeita a mãe, a filha, as avós, as primas, as mulheres enfim. Observando o livro de Julio Jose Chiavenato  intitulado "Violência", consta que a violência doméstica extrapola os limites do grupo familiar, extravasa o espaço da residência, e isto é quando o marido vai esperar a mulher no local de trabalho, aplica castigos surrando seus colegas. Há assalto sexuais de pais sobre as filhas e afastamento de garotas de seus domicilios. A maioria são homens que atacam mulheres, mas há de fatos uma inversão mas é quase raro.

Hoje há medidas protetivas no Brasil, mas nenhum agressor respeita. E vai e assassina a companheira. Em São José do Rio Preto-SP, há casa abrigo,mas são poucas as vagas segundo a Secretaria Municipal das Mulheres, Etnias e de Pessoas com Deficiências Físicas. Além de ter Delegacias da Mulher e tudo isto precisa melhorar, inclusive para atender bem a população. E além disto pude ver no Coletivo Feminista Ana Montenegro, que é preciso combinar todos esses organismos com os Conselhos Municipais das Crianças e adolescentes e o conselhos Tutelares de Crianças e Adolescentes pois em muitas ações de violentas além das mulheres também a crianças sendo atingidas por essas questões sociais.

Sendo humanista recordo que aprendi que todos os caminhos por quais passamos são cheios de obstáculos, mas temos que ter ações virtuosas repousadas na realidade em verdade, pois o amor não mata nunca. quando há ação de morte é porque há ódio. Mas o amor é a força mais poderosa do mundo segundo os que seguem Gandhy, ele dizia nenhum ser humano é tão nocivo para não ser salvo. Nenhum ser humano é bastante perfeito para ter o direito de matar aquele que considera nocivo. E há quem diga que a violência e sempre a violência e é sempre um pecado. Mas o que é inevitável não pode ser considerado pecado. 

Creio sim que é preciso um processo de trabalho para  que possamos fazer progredir o indivíduo e a humanidade ela pode fazer crescer o ser humano. E para isto é necessário um trabalho coletivo que envolva todas as instituições e inclusive todos os agentes públicos e o pensar sociológico e psicológico e até psiquiátrico para com os policiais, judiciários, para tratar esses doentes que crê que é dono da mulher na vida e na morte e até em pensamento. Pois todos os seres humanos precisam ser livres. E todos os seres  humanos precisam entender isto, pois o homem é ser que precisa ser peregrino arriscado e precisa atirar no infinito tudo aquilo que crê extinguir. Embora aquilo que é crença abre o tempo a eternidade, pois a critério último a crença não é lógica, mas pseudo ético religioso, como afirma Jean Lacroix no seu livro (Marxismo, existencialismo, Personalismo).

Sabemos em crítica que a ideologia metafísica e a ciência positiva não constitui resposta diferente ao mesmas questões, para se passar para o estado positivo é necessário alterar a própria questão. O método estrutural contenta a dar novas respostas à velha questão da estética em dar uma nova resposta a velha questão. Ou seja a cultura do machismo precisa ser extirpada. Ou seja a superestrutura política capitalista, patronal,  precisa sofrer uma cirurgia social emergente.


Por essa razão  chego a conclusão de que é preciso pensar o futuro, é preciso entender que o nosso futuro depende de nossas ações humanas, colhidas nas nossas teorias e práticas. Pensar o futuro é pensar nas pessoas nas quais compartilhamos, o mesmo teto, em que compartilhamos as nossas santas refeições, seja o café da manhã, do almoço e do jantar, assim como respeitaras pessoas da  mesma rua, a mesma escola, o mesmo jardins, em que encontramos as mesmas flores em que respeitamos os mesmos pássaros, e olhamos o céu claro com o sol ou temperados de nuvens querendo desabar, ou esperando o frio. E pensar tudo isto é pensar a vida e na estrutura em que desejamos plantar a nossa superestrutura de respeito humano, fazendo valer a palavra humanismo e humanidade. E nisto os seres humanos do sexo masculinos precisam antes de mais nada respeitar as suas mulheres. Pois destruindo-as agredindo-as só estão cometendo crimes, inspirados nas suas bestialidade. 



Manoel Messias Pereira

professor, cronista e poeta
Membro da academia de Letras do Brasil -ALB
membro da Associação Rio-pretense de Escritores -ARPE
São José do Rio Preto-SP.





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