Evo Moraes propõe na ONU incluir capitalismo como ameaça para os oceanos

Evo propõe na ONU incluir capitalismo como ameaça para os oceanos


imagemO presidente boliviano, Evo Morales, propôs na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos incluir ao capitalismo – e a mercantilização que representa – como uma ameaça para a preservação desses espaços marinhos.
Na jornada inaugural do foro de uma semana, o mandatário instou a somar uma quarta ameaça às três identificadas pela ONU face à reunião: a contaminação, a excessiva exploração e a alteração ou destruição de habitat marinhos.
Respaldamos essa visão, mas resulta insuficiente, devemos incluir o perigo da mercantilização da biodiversidade, da natureza e do acesso aos mares e oceanos, advertiu.
De acordo com Morales urge, ademais, reconhecer que o capitalismo com seu modelo de produção e consumo constitui a principal ameaça para a humanidade e a mãe terra.
Os mares são de e para os povos, uma visão que supera a postura capitalista e mercantilista, destacou na conferência que reúne mais de cinco mil delegados.
O líder boliviano fez questão da importância de atacar as causas estruturais dos problemas que enfrentam os oceanos, o que em seu julgamento passa por construir um novo paradigma de vida, produção, consumo e relação entre os seres humanos.
Em seu discurso, Morales defendeu a obrigação de preservar o planeta para as atuais e futuras gerações, sob o apego ao princípio de que os recursos naturais, como os mares e os oceanos, são patrimônio comum.
Foto: UNIS Vienna (CC BY-NC-ND 2.0)
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