ONU condena assassinato de seis trabalhadores humanitários no Sudão do Sul
Desde dezembro de 2013, pelo menos 79 trabalhadores humanitários foram mortos no Sudão do Sul, incluindo ao menos 12 este ano. Somente nos últimos dois meses, houve um aumento acentuado desses ataques, bem como saques de suprimentos destinados a pessoas que sofrem com a fome.
A Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS) informou no domingo (26) que seis trabalhadores humanitários de uma organização não governamental nacional foram mortos em uma emboscada no sábado (25). O comboio dos socorristas foi apreendido enquanto passava pela estrada entre Juba e Pibor, uma área controlada pelo governo.De acordo com a UNMISS, os corpos foram encontrados na estrada por outros membros do grupo, que estavam muito atrás.
Desde dezembro de 2013, pelo menos 79 trabalhadores humanitários foram mortos no Sudão do Sul, incluindo ao menos 12 este ano. Somente nos últimos dois meses houve um aumento acentuado de ataques desse tipo, bem como saques de suprimentos destinados a pessoas que sofrem com a fome.
“As Nações Unidas condenam essa perda terrível e sem sentido de vidas”, disse o representante especial do secretário-geral da ONU no Sudão do Sul e chefe da UNMISS, David Shearer, em um comunicado à imprensa.
“Essa matança a sangue frio é totalmente condenável, porque estes trabalhadores se dedicam a aliviar o sofrimento contínuo da população”, acrescentou, pedindo que as autoridades do país investiguem o caso e levem os autores à justiça.
De acordo com o Shearer, o ataque – o pior incidente que atingiu os trabalhadores humanitários no país africano desde o início das hostilidades, em dezembro de 2013 – ocorre em um momento em que as necessidades humanitárias alcançaram níveis sem precedentes na região.
“Esses ataques não só põem em risco as vidas dos trabalhadores humanitários, mas também ameaçam a vida de milhares de sul-sudaneses que dependem de nossa assistência para a sua sobrevivência”, acrescentou o coordenador humanitário da ONU para o Sudão do Sul, Eugene Owusu.
Ele destacou que a segurança dos trabalhadores humanitários precisa ser garantida, a fim de permitir que eles forneçam assistência para pessoas com necessidades imensas no país.
Segundo dados da ONU, atualmente cerca de 7,5 milhões de pessoas precisam de ajuda e proteção no Sudão do Sul, e a crise humanitária se aprofundou ainda mais com a fome local declarada em algumas regiões.
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