Artigo - dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial - Manoel Messias Pereira

Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial

O Massacre de Sharpeville em 21 de março de 1960

Protesto contra a política do Apartheid


Em 21 de março de 1960, quando na África do Sul ainda estabelecia-se o Regime do Apartheid ou seja o desenvolvimento em separado de seres humanos brancos e negros, na qual pela falsificação histórica o negro deveria estar sempre servindo aos brancos. E era proibidos conversas ,contatos, namoros, casamentos, relações sexuais, e os negros que ali viviam pra locomover-se necessitavam de um Passe, o que revoltava a comunidade negra. Neste dia como protesto a população negra sairam as ruas sem o passe e desarmadas. E assim passaram a desafiar o poder do Estado, que tinha essa política separatista desde 1948, quando chegou ao poder o Partido Nacional de orientação fascista.

Devido a essa insubordinação ao Estado a polícia e o exercito, foram instruidos a atirar nos negros pelas ruas, e o que aconteceu nas cercânias de Verecing, em Joanesburgo Africa do Sul, que 69 pessoas acabaram perdendo a vida e mais 186 pessoas ficaram feridas, entre as quais a maioria mulheres e crianças e mortas pelas costas, o que leva a crer que o governo racista na oportunidade fez uma execução em praça pública.

A Africa do Sul assim como todo o continente africano foi submetido ao processo do capitalismo industrial chamado de imperialismo, e apesar de 17% da população ser de brancos provindos da França, Inglaterra, Holanda e Alemanha, essa minoria passou a deter 87% das terras, e os negros ficaram submetidos aos bantustões e só poderiam caminhar por bairros brancos se fossem para trabalhar.

No caso específico da África do Sul, há uma necessidade conhecer os pormenores  sobre a aparição das principais características do africander (60% da população branca), durante o período Holandes (1652-1795), fazendosobressair o isolamento cultural de duas Republicas Boer no século XIX. No espaço de 250 anos a bíblia constitui o único elelemtno cultural para aqueles que não viviam nas proximidades do Cabo. Ou seja a Bíblia e seus estudos da forma como  foram feitos foram maléficos e inúteis.

Os sul africanos de língua inglesa (37% da população branca) chegaram apenas durante o século XIX, no processo imperialista e neocolonizador. Com a sua mentalidade vitoriana, caracterizava-se por um misto extravagante de uma paixão ardente pela abolição da escravatura e deum profundo desprezo por todas as civilizações não britânicas, em geral e, por todos os povos de cor (preta) em particular. Foi a mentalidade inspiradora das leis racistas, promulgadas entre 1911 e 1926, referente a segregação de empregos, tal como inspiraram já o decreto de1856, relativo a patrões e servos, pela qual se regeram, até 1972, as relações entre os patrões brancos e os servos (negros).

Quando observamos as estatísticas de distribuição da população na África do Sul, observamos que a projeção de 2000, segundo o livro de Marianne Cornevin, os negros representavam 74,2% da população, contra 13,7% de brancos, mestiços 9,7% e indianos 2,4%.
Outros dados importante a ser destacados no livro de Cornevin, o africander, foi um termo dado a partir da Primeira Guerra Mundial, na qual 60% da população branca  introduziram o africaan descendente portanto dos descendentes  de holandeses, alemães e franceses, anteriormente chamavam-os de boer ou seja agricultores camponeses ou burghers, e no século dezenove afrikanderes
Os negros black; a partir de 1970 os defensores da blak consciounes, rejetaram o uso termo negativo não brancos,  referente aos tres grupos raciais, africanos, mestiços e indianos, oprimidos pelos brancos para adotarem o termo positivo negros..

Em São José do Rio Preto-SP, participamos da luta para a libertação de Nelson Mandela no projeto Amndala, na qual recolhemos as assinaturas para dr. Honoris Causas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Por ir contra todas as opressões implementadas pelo apartheid, que signifia em outras palavras o desenvolvimento em separado, termos que alguns dizem desenvolvimento multinacional ou democracia pluralista. Uma falsificação histórica.


Em memória dos tombados em Shaperville a ONU - Organizaçãodas Nações Unidas instituiu o Dia Internacional de Luta contra a discriminação Racial.

No artigo I da Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as formas de Discriminação diz o seguinte:

"Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferencia baseada no critério racial, cor ascendência, origem étnica ou nacionalização com a finalidade ou efeito de impedir, dificultar o reconhecimento e exercícios em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos políticos, econômicos, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública."

Com base nestes apontamentos, o mundo passa a reverenciar essa data, porém ainda há muitas tarefas a serem cumpridas pelos homens e mulheres, que deveriam pautar a sua vida pelo respeito, pela dignidade, pela compreensão, mas ao invés disto, alguns seres humanos estabelece o preconceito o racismo como sólida bandeira ideológica ou política, infelizmente.






Manoel Messias Pereira

Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
professor de História

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